sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SETEMBRO DIA 09 12 HOMENS OUTRA VEZ!

Prêmio APCA de Melhor Espetáculo,12 Homens e Uma Sentença” – que marcou a volta aos palcos, depois de duas décadas, do ator José Renato, falecido dia 2 de maio passado teve ainda duas indicações ao Shell (Melhor Direção para Eduardo Tolentino e Melhor Ator para Norival Rizzo).
A trama de um dos melhores filmes de tribunal da história (12 Angry Men, EUA, 1957, de Sidney Lumet, na tradução literal 12 Homens Furiosos) foi montada pela primeira vez no teatro brasileiro.O texto de Reginald Rose tem tradução de Ivo Barroso, encenação de Eduardo Tolentino de Araújo e cenografia e figurino de Lola Tolentino. O elenco apresentaHenri Pagnoncelli (anteriormente interpretado por Norival Rizzo;no papel interpretado nas telas por Henry Fonda, o jurado n. 8 )e Zé Carlos Machado (no papel de Genézio de Barros,quando a peça estreou no CCBB de SP), vivendo o personagem que foi de Lee J. Cobb no cinema. Depois da morte de José Renato, o ator Oswaldo Avila assumiu o papel do velho homem que dá o primeiro voto de inocente. 

Oswaldo Mendes, Gustavo Trestine (que entrou no lugar de Eduardo Semerjian),HAROLDO FERRARY, Riba Carlovich, Ricardo Dantas, Brian Penido, Augusto César, Fernando Medeiros, Ivo Müller e Adriano Bedim completam a magnífica seleção de atores. Os mais que competentes e talentosos André Garolli e Marcelo Pacífico também fizeram parte deste time de estrelas .O calor escaldante do Verão de Nova York faz o suor pingar do rosto dos 12 homens trancados a chave numa pequena e claustrofóbica “sala de júri”. Depois de dias de julgamento, está em suas mãos decidir a sorte do réu. O mais importante: o veredicto precisa ser unânime. Se os 12 enclausurados jurados considerarem o réu culpado do assassinato do próprio pai, ele será executado, mas se um deles tiver uma dúvida razoável a respeito da culpabilidade, o garoto não poderá ser condenado.

Para o diretor Eduardo Tolentino, o desafio de transpor o filme para os palcos está no trabalho de atores. “Trata-se de algo que envolve idéias e discussões, por isso é importante saber como tornar isso ao mesmo tempo atraente e impactante, como no filme. Precisamos estruturar a montagem para que vá além da fala e esteja tanto no corpo dos atores como no palco.”
Com dramaturgia elaborada numa escala gradual de unidades dramáticas, o texto vai envolvendo o espectador na medida em que a história vai sendo contada. Doze atores em cena o tempo todo, a peça cria um fascinante embate, que culmina em um prazeroso desfile de uma amostra da sociedade.
O filme e a história criada para a TV
 Esta montagem conduz ao tablado o clássico que trazia no elenco também Martin Balsam, E.G.Marshall, Jack Warden, Ed Begley, Ed Binns, Jack Klugman. O filme, em preto e branco, recebeu três indicações ao Oscar – melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado. Henry Fonda ganhou o Bafta como melhor ator. Lumet venceu o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim. No total, foram 13 prêmios e seis outras indicações. Fato curioso é que o filme, exceto três minutos de projeção, foi gravado dentro de uma pequena sala.

A história foi criada originalmente como uma peça feita para a TV e apresentada ao vivo em 1954 pela CBS; durante décadas acreditou-se que a apresentação original havia se perdido, até que, em 2003, houve a descoberta de uma fita gravada com o programa.

Henry Fonda viu a apresentação na TV e ficou impressionado com a peça. Reconhecendo um papel que se adequava com perfeição à sua sinceridade tranqüila e vendo a oportunidade de um filme emocionante, Fonda o produziu do próprio bolso. Entregou a direção a Lumet, um dinâmico veterano do teatro de TV ao vivo, cuja experiência lhe permitiu – e ao diretor de fotografia Boris Kaufman, outro especialista em trabalhar em espaços limitados e em preto-e-branco – extrair a tensão galopante do roteiro bem amarrado de Rose e concluir o filme em menos de 20 dias.

A telepeça de Reginald Rose recebeu uma refilmagem em 1997, também feita para a TV, com o mesmo título original. Foi dirigida por William Friedkin, o diretor de Operação França e O Exorcista. O elenco de grandes nomes tinha Jack Lemmon no papel que havia sido de Henry Fonda, George C. Scott ocupando o lugar de Lee J. Cobb, e os outros jurados foram interpretados por Armin Mueller-Stahl, James Gandolfini, Edward James Olmos e Hume Cronyn.

Entre as montagens teatrais da história no mundo, destaque para a de Harold Pinter, em 1996. Em 2003 o texto teve uma encenação aclamada no Festival de Edinburgo, com Owen O’Neill no papel do jurado 8. Vale ressaltar também a montagem do grupo Roundabout, de Nova York, em 2005, com três indicações para o TONY – melhor revival, melhor direção e melhor ator protagonista – além de vários outros prêmios.

OS ATORES FALAM DE SEUS PERSONAGENS

Brian Penido Ross – Jurado N.º 1
 “É o presidente do júri, seu papel é coordenar tudo e todos. Trabalha como professor de educação física em uma escola, o que o torna apto para o papel que desempenha, tendo sempre que manter a ordem no recinto. Entre suas funções estão a de zelar para que todos estejam sempre presentes, ouçam e tenham o direito de manifestar suas opiniões. Faz a comunicação do lado interno com o lado externo da sala, que é a sala do tribunal.”

Ricardo Dantas – Jurado N.º 2
 “É contador, trabalha em banco, cara tímido, muito inseguro em suas posições. Começa expondo essa insegurança, depois vai se empolgando e fazendo as alianças durante o processo de discussão. Vai ganhando um pouco mais de confiança, no final. No começo, deixa-se levar pela maioria. Tem dificuldade de colocar suas opiniões, mas aos poucos vai simpatizando com o jurado 8, o cara que começa a mudar tudo dentro daquela sala.”

Zé Carlos Machado – Jurado N.º 3
“É o mais volúvel, o mais passional. A grande dificuldade dele é justamente essa. Ele pretende ser uma pessoa equilibrada e não consegue, leva tudo para o lado pessoal. Então, o seu julgamento passa pelo crivo pessoal. Ele não consegue ficar isento porque tem um filho problemático também, e eles estão julgando um garoto problemático. Assim, por conta de seu espírito apaixonado, o conflito ganha ainda mais tensão.”

Oswaldo Mendes – Jurado N.º 4
 “Ele tem um escritório de corretagem de ações, trabalha na bolsa de valores e joga bridge, um esporte que envolve muita lógica e raciocínio. É uma pessoa muito objetiva, que visa sempre aos fatos em suas análises. Também é um pouco frio nas observações e não se envolve emocionalmente no caso, o que reflete sua personalidade totalmente racional. É um dos três últimos a dar o braço a torcer, atitude que só toma quando uma dúvida razoável surge em seu interior.”

Augusto César – Jurado N.º 5
 “Como nasceu no mesmo bairro do acusado, tem a mesma história de vida. Morou em cortiço a vida toda, assim como o menino acusado. Mas conseguiu ter outro tipo de vida e agora é enfermeiro em um hospital no Harley. Saiu do antro onde foi criado. Começa com pouquíssima dúvida a respeito da culpabilidade do réu, mas mesmo assim ainda vota em culpado, baseado nas evidências apresentadas. Durante a discussão, começa a passar para o outro lado. É o primeiro a mudar o voto, baseado nas discussões.”

Fernando Medeiros –(anteriormente representado por Marcelo Pacífico)Jurado N.º 6
 “Um cara honesto, educado, preocupado com as pessoas, com as boas maneiras, tanto que quando os caras tratam mal o jurado número 9 (José Renato), um senhor mais velho, ele prontamente intervém e exige respeito. Fica convencido, desde o primeiro dia, de que o rapaz é culpado. Também se mostra aberto para ouvir o que o número 8 (Norival Rizzo) tem a dizer.”
 
Haroldo Ferrary (anteriormente representado por André Garolli)  Jurado N.º 7 É uma pessoa totalmente apaixonada por beisebol. Justo neste dia decisivo do julgamento, em que o júri precisa chegar a um veredicto unânime, ele tem um jogo (“muito importante para ele”) dos Yankees versus Cleveland. Suas atenções estão focadas na partida, e ele não vê a hora de ir embora para poder ir ao jogo. Por isso, quer tomar uma decisão rápida, e realmente acredita que há uma unanimidade e que o rapaz vai ser condenado. À medida que o número 8 (Norival Rizzo) começa a levantar dúvidas, o desespero do personagem vai aumentando, pois o jogo está para começar.”

Henri Pagnoncelli – Jurado N.º 8 
“É o homem que deflagra o problema no espetáculo, porque é quem dá o primeiro voto de inocente ou não culpado. O que significa que existe uma dúvida razoável para que haja uma condenação. Como ele tem dúvida, não condena. Não considera o sistema judiciário infalível e não concorda com a pena de morte. Nesse sentido, já de cara, ele é contra. Ele vai levantando questões para as pessoas, deixando as dúvidas aparecerem em cada um dos jurados.” Quando começa a ter dúvida já não pode afirmar com tanta categoria que o réu é culpado e aí a questão influencia o voto dos outros jurados.”

Oswaldo Ávila – Jurado N.º 9
 Velho professor aposentado, vive com sua família. É um homem que administra bem o seu dia a dia, voltado à generosidade e preocupado com todas as condições humanas que decorrem da convivência entre as pessoas. Ele tem pena do garoto que está sendo julgado, mas seria implacável, provavelmente para condená-lo, se não despertassem nele dúvidas razoáveis sobre a culpabilidade do réu. Diante dos motivos levantados por um dos jurados, coloca-se imediatamente ao seu lado e, a partir daí, se desenrola o combate entre os jurados que acreditam ser o réu culpado e tem que ser condenado.

Riba Carlovich – Jurado N.º 10
 “É o mais fascista de todos. Terá um embate direto com o personagem que faz com que todos os outros mudem de opinião. O fato da dúvida levantada faz com que se modifique a história inteira, e isso pode acontecer em qualquer período, por isso esta peça é muito atual. Trata-se de uma peça humanista. Acha que as pessoas podem mudar de opinião e, às vezes, até devem.”

Gustavo Trestine – Jurado N.º 11
 Ele é um estrangeiro. Teoricamente, um judeu, deve ter participado da guerra, é uma pessoa que sofreu as agruras de um aprisionamento, de ser oprimido. A ideia é que depois da guerra ele veio para os EUA, onde tinha a esperança de ter uma vida mais livre, democrática, ter opiniões e liberdades. É um personagem que, às vezes, sofre preconceito por parte dos outros 10, e que também reafirma o tempo todo o compromisso e o orgulho de ser aceito como cidadão americano (provavelmente foi naturalizado). Muito educado, correto, certinho. Percebe que tem que lutar pela justiça.

Ivo Müller – Jurado N.º 12
 “Jovem publicitário, extremamente ambicioso, que enxerga o encontro como uma reunião de trabalho. Ao contrário dos outros, não está preocupado em sair logo dali, e aproveita o tempo nesse júri para desenvolver idéias, discutir, conversar, tentar vender algum produto e até mesmo praticar o exercício da publicidade. É o cara que fica em cima do muro.”

Adriano Bedim – o guarda.


12 HOMENS E UMA SENTENÇA Reestreou dia 10 de fevereiro, quinta, 21h, no Teatro Imprensa.
 Texto – Reginald Rose.
 Direção – Eduardo Tolentino.
 Tradução – Ivo Barroso.
 Elenco – Henri Pagnoncelli(Norival Rizzo), ZéCarlos Machado, Osvaldo Avila, Oswaldo Mendes, Gustavo Trestine, Riba Carlovich, Haroldo Ferrary, Ricardo Dantas, Brian Penido, Augusto César, Fernando Medeiros, Ivo Müller e Adriano Bedim. 
 Duração – 100 minutos.
 Censura – 12 anos.
  Horário – Quinta, sexta e sábado, 21h; domingo, 19h.
 Estreou 19 de novembro de 2010 no CCBB.  EM SETEMBRO -DIA 9 RE-ESTRÉIA NO TUCARENA. 12 HOMENS OUTRA VEZ...........




Ingressos:
http://www.teatrotuca.com.br/como_comprar.html
Localização

Tuca

Rua: Monte Alegre, 1024 
CEP: 05014-001
Perdizes – São Paulo – SP

Tucarena
Entrada pela Rua Bartira, esquina com a Rua Monte Alegre, 1024
 
Estacionamento 
Estacionamento conveniado Riti (Hotel Transamérica)
R. Monte Alegre, 835 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CARTAS DE AMOR PARA STALIN

 POR IGOR GIANNASI - Agência Estado
Toca o telefone. Quem atende é o escritor e dramaturgo russo Mikhail Bulgákov, que vive recluso em casa com sua esposa. Do outro lado da linha, nada menos que Josef Stálin, ditador que governou com mãos de ferro a ex-União Soviética entre 1924 e 1953. Estamos na Moscou dos anos 1930 e muitos intelectuais são perseguidos pelo regime stalinista. A surpresa pelo telefonema do líder comunista, que se mostra um admirador da obra de Bulgákov, transforma-se em ansiedade: subitamente a ligação cai, sem se saber o motivo da chamada. Baseado neste fato supostamente verídico, Juan Mayorga, um dos mais importantes dramaturgos espanhóis da atualidade, escreveu "Cartas de Amor para Stálin", peça que será encenada pela companhia BR116, capitaneada pelos atores Bete Coelho e Ricardo Bittencourt, a partir de 13 de agosto, no teatro do Sesc Santana, na zona norte de São Paulo.
Na peça, após a ligação frustrada, Bulgákov tenta estabelecer contato com Stálin por meio de cartas, escritas incansavelmente, mas sem obter nenhuma resposta do ditador. Com essa obsessão, o escritor passa por um processo de paranoia, misturando realidade e alucinação. "Eu acho incrível essa brincadeira de verdade e mentira que o texto tem", afirma Bete. "O tempo todo é isso, de ficção e fato real. O Juan Mayorga se apropria disso e traz para o teatro essa brincadeira que já é teatro", comenta ela, que se divide entre a interpretação da esposa do escritor, vivido por Bittencourt, e a do próprio Stálin.
Convidado pela dupla da BR116 para dirigir o espetáculo, o diretor baiano Paulo Dourado observa que "Cartas de Amor para Stálin" trata de um assunto que está na ordem do dia no mundo e especialmente no Brasil: a interferência do Estado (na figura do líder russo) na produção artística, representada pelo escritor. "Qual é o papel da arte, do financiamento, do patrocínio, de que forma o governo pode interferir na questão cultural e artística de uma maneira que não cerceie, que não seja uma interferência negativa?", questiona Dourado. Com quase 35 anos de carreira, dirigindo, na Bahia, de clássicos a peças experimentais, passando pelo teatro popular, este é seu primeiro projeto com produção em São Paulo.
Carpintaria Cênica - Depois da montagem dos monólogos "O Homem da Tarja Preta", escrita pelo psicanalista Contardo Calligaris, encenada por Bittencourt e dirigida por Bete, e "Terceiro Sinal", texto do jornalista e publisher Otavio Frias Filho, no qual eles inverteram as funções - ela atuou e ele dirigiu -, os dois procuravam uma nova peça para dar continuidade aos trabalhos da companhia. O primeiro a ler a obra de Mayorga, por indicação do assistente de direção José Geraldo Júnior, foi Bittencourt, que a considerou "incrível, mas muito difícil", porém, logo viu que "Cartas de Amor para Stálin" era aquilo que buscavam. Bete elogia o autor espanhol: "O texto é muito bem estruturado, ele domina a carpintaria cênica."
Na construção da narrativa, Mayorga faz referência a uma das obras mais importantes de Bulgákov, "O Mestre e Margarida", livro que ele levou quase dez anos para terminar e cuja última revisão foi ditada pelo escritor para sua esposa algumas semanas antes de ele morrer, em março de 1940. No romance, o diabo faz uma visita a Moscou, deixando um rastro de destruição e loucura por onde passa. Na peça, a alusão da figura demoníaca a Stálin fica evidente.
Um ponto comum aos outros trabalhos da companhia justificou a escolha da peça do dramaturgo espanhol, que ganhou tradução para o português e adaptação do jornalista e escritor Manuel da Costa Pinto: "Tem que ser um texto que seja urgente ser dito. Em todas essas peças da BR116 havia uma urgência em dizer, uma necessidade em dizer coisas que nós achamos extremamente atuais", explica Bete.
Oscip - Além do paralelo entre o conteúdo da peça e a discussão sobre a produção artística atual, o assunto também remete à situação pelo qual passa o grupo teatral. "O Homem da Tarja Preta", por exemplo, ficou três anos em pré-produção até conseguir ter a montagem viabilizada. "Terceiro Sinal" foi bancado pelos próprios artistas. E ainda que tenha conseguido a aprovação para captar recursos por leis de incentivo, como Rouanet e Mendonça, para "Cartas de Amor para Stálin", por enquanto, a produção fez parcerias apenas com o Sesc e a agência de comunicação Tudo.
Para deixar que os artistas se preocupem apenas com a parte que lhes cabe na companhia, no fim de agosto, após a estreia do espetáculo, será realizado o lançamento da Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que fará a gestão da BR116 - incluindo aí a busca de recursos em empresas interessadas em patrocinar os trabalhos do grupo. A organização será presidida pela advogada Cristiane Oliveri. Bete e Bittencourt irão compor o conselho artístico.
A companhia já tem um planejamento estratégico montado para mostrar às empresas, contemplando ações para os próximos três anos, que incluem, por exemplo, turnês pela periferia de São Paulo e pelo Nordeste e um festival com o repertório da BR116, este para o biênio de 2013/2014. "O que a gente tem observado é que é muito mais interessante para o mercado e as empresas apostarem e apoiarem um projeto de longo prazo que tem desdobramentos, continuidades, inclusões", afirma Bittencourt. "Hoje, uma peça consegue a tal da captação, fica dois meses em cartaz e nunca se ouve mais falar dela", critica Bete.
Cartas de Amor para Stalin Sesc Santana (Avenida Luiz Dumont Villares, 579) De 13 de agosto a 18 de setembro. Sextas, e sábados às 21h, domingos às 18h. Ingressos: R$ 20 (inteira); R$ 10 (usuário matriculado no Sesc e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante); R$ 5 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes)
FOTO POR LENISE PINHEIRO